VACINAÇÃO OBRIGATÓRIA

Na VNatura não julgamos ninguém pelas suas escolhas pessoais e existimos com o propósito de partilhar informação. Este texto surge no seguimento de alguns e-mails que nos enviaram a colocar a questão da vacinação obrigatória. Alertamos desde já que publicamos este artigo simplesmente com intuito informativo.

A vacinação é algo corriqueiro na nossa sociedade, algo tido como normal e tido como obrigatório (em Portugal para quem não sabe a vacinação NÃO É OBRIGATÓRIA

). Apesar das inúmeras campanhas promovidas pelos governos e serviços de saúde a verdade é que existe um grupo considerável de pessoas que se opõe à vacinação obrigatória, especialmente em crianças.

Há quem defenda que a vacinação ajudou imenso a reduzir a taxa de mortalidade infantil assim como o número de pessoas com determinadas infecções graves mas por outro lado os novos hábitos sociais, de higiene e alimentação também contribuíram e muito para esse decréscimo de mortalidade tornado o nosso sistema um local onde é difícil para os vírus proliferarem.

Todavia colocam-se as questões, algumas vacinas não tornam uma pessoa totalmente imune, só a torna talvez um pouco mais resistente e será que é “naturalmente correcto infectar recém nascidos e crianças com agentes infecciosos”? Existem vacinas que talvez devam ser imprescindíveis mas outras nem tanto como é que deve ser tomada esta decisão? Existem contra-indicações para as vacinas mas ninguém pergunta à criança que está na fila da escola para levar a vacina se tem alguma alergia ou problema, dão-lhe a vacina e logo se vê. Há uma total falta de informação e diálogo entre as entidades competentes e a população o que leva a muitas pessoas cada vez mais se recusem e receiem serem vacinadas e vacinar os seus filhos.

Pessoalmente tenho um caso familiar de uma vacina que levou à morte de uma criança de 5 anos. Isto apesar de ter acontecido à 50 anos atrás e de se apregoar que hoje em dia as vacinas são muito mais seguras, a verdade é que este caso levou com que muitas das crianças da minha família não fossem vacinadas. Felizmente somos todos saudáveis e com uma esperança média de vida consideravelmente grande mas, há quem diga que é “mera sorte” e há quem diga que é um belo exemplo de que “desatar a injectar vírus nas pessoas não faz com que estas sejam mais resistentes nem imunes aos vírus e infecções”. A minha mãe nunca foi vacinada e é saudável, eu sou vacinada e também sou saudável, então em que é que ficamos?

Não vacinar uma criança é uma grande responsabilidade e não é aceite moral nem socialmente hoje em dia. Existem casos de país que não conseguem inscrever os filhos em colégios ou estes são excluídos de algumas actividades pelo facto de não terem a vacinação. Nestes casos é compreensível, uma pessoa responsável por um estabelecimento não queira ter essa responsabilidade em mãos, mas por outro lado são os pais que sabem e decidem o que é melhor para os seus filhos e de que forma devem cria-los, se optaram por não vacinar os filhos ninguém os pode obrigar a tal muito menos prejudicar as crianças. Não se pode excluir uma criança assim de forma tão cruel e vil. Pode não ter vacinas mas continua a ser uma criança, não é um monstro e não ter vacinas não significa obrigatoriamente que tem uma doença contagiosa e/ou mortal. Pode até ser bem mais saudável e resistente que uma criança vacinada.

Quantos de nós leva os reforços regulares necessários após atingir a idade adulta? Muito poucos adultos têm as vacinas em dia e isto é o mesmo que não serem vacinados. Porque é que um adulto vacinado é aceite socialmente e uma criança não? Um pai de uma criança obesa não é chamada à escola por estar a por em risco a vida da criança mas o pai de uma criança saudável não vacinada é e é tratado como um criminoso.

Uma nota final, antes de decidir sobre a vacinação dos seus filhos, pense bem nas consequências que isso poderá ter socialmente e na saúde do menor. Pense que essa criança pode adoecer e um dia culpá-lo-á pela sua decisão. Nem todas as histórias de crianças não vacinadas são bem sucedidas e pode até ser responsabilizado judicialmente se algo inesperado acontecer.